Dr. Keppe sempre esteve interessado nas coisas ligadas às emoções.

Acho que foi um homem sempre que se interessou vivamente por todas as coisas ligadas aos pacientes de que ele pôde ter contato. E eu me lembro de uma série de coisas realizadas por ele no contato com os doentes e a difusão que ele fez no próprio Hospital das Clínicas.

As dificuldades que o Dr. Norberto Keppe tinha dentro da clínica cirúrgica, onde ele queria fazer essas conexões entre pacientes, atos operatórios e problemas emocionais, eu as tive no serviço de gastroenterologia, quando uma certa vez veio o professor Pacheco e Silva e disse que seria de boa prática, e falou ao professor da cadeira nessa altura, Franklin de Moura Campos, que eu me transladasse, que eu mudasse para a clínica psiquiátrica e não ficasse na gastroenterologia, tudo na psiquiatria.

O nosso interesse era sempre de que a atividade de medicina psicossomática, que não é especialidade alguma, é uma forma de saber lidar com os pacientes, em contato com os pacientes, eu disse: “eu daqui não saio, aqui vou ficar e vou difundir esse meu trabalho dentro da clínica de gastroenterologia do Hospital das Clínicas, e as outras enfermarias quando me solicitassem”.

Foi de certa maneira uma interferência, tanto que o Norberto Keppe teve em clínica cirúrgica, como eu tive em clínica médica.